O Simepar e a Defesa Civil do Paraná emitiram
alerta de risco para todo o estado devido à chegada de uma frente fria intensa
a partir da tarde desta terça-feira (27 de maio) até a quarta-feira (28). De
acordo com o boletim, há previsão de tempestades severas, inicialmente nas
regiões próximas ao Paraguai e Argentina, se espalhando rapidamente por todo o
território paranaense. Os ventos podem atingir velocidades entre 60 e 70 km/h,
podendo superar essa marca em alguns pontos, aumentando o risco de quedas de
árvores, destelhamentos e danos na rede elétrica. Em caso de emergência, a
recomendação é acionar os serviços de emergência pelos números 193 ou 199. Além
do alerta de temporais, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná
(IDR-Paraná) e o Simepar informaram que uma intensa massa de ar polar deve
ingressar no estado nos próximos dias, provocando forte queda nas temperaturas
e aumentando o risco de geadas em várias regiões. As condições climáticas podem
afetar diretamente produções agrícolas como hortaliças, tomate, milho, café,
pastagens e frutíferas tropicais. O IDR orienta produtores a adotarem medidas
preventivas. Para o café, recomenda-se o enterrio das mudas com até seis meses
de plantio e proteção de viveiros com plásticos ou aquecimento. Para plantações
de até dois anos, é indicado amontoar terra no tronco até o primeiro par de
folhas. Na pecuária de leite, recomenda-se reforçar a alimentação dos rebanhos
com feno e concentrados, além de proteger bezerras e vacas próximas ao parto em
locais abrigados. Já na pecuária de corte, o uso de silagem e feno como
suplementação é fundamental, principalmente nas regiões mais frias, onde o
cultivo de gramíneas de inverno pode ser uma alternativa. Na fruticultura,
recomenda-se evitar produtos para quebra de dormência, usar técnicas de
aquecimento com fumaça e manter a irrigação. Para as hortaliças, o cultivo
protegido com estufas e coberturas de TNT, além do aquecimento controlado, são
essenciais. As lavouras de milho devem ser mantidas seguradas, respeitando o zoneamento
de risco climático, pois há poucas opções de proteção. A Defesa Civil reforça
que o monitoramento segue contínuo e orienta que a população fique atenta aos
novos comunicados e recomendações.
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